O problema não é o poste velho defronte ao meu prédio


Segundo reportou Michael Welch, Diretor Assistente da Divisão de Cibercrimes do  FBI, na conferência Fleming Europe o sistema de fornecimento de energia elétrica de 3 cidades norte-americanas, uma delas de grande porte, sofreram ciberataques recentemente, não se sabe ao certo a razão dos ataques, tanto podem ser pura vaidade de algum(s) hacker(s) como uma ação de guerra organizada por uma nação ou um grupo político.

Todas as 3 instalações atacadas usavam o sistema operacional SCADA desenvolvido pela empresa Siemens, o mesmo da usina iraniana de Natanz recentemente atacada pelo vírus Stuxnet, até onde se sabe desenvolvido por Israel com o apoio dos USA, à época fontes israelenses tranquilizaram o mundo alegando que o vírus agiria apenas contra a usina nuclear do país persa…

O detalhe sinistro é que o sistema SCADA é responsável pelo funcionamento de mais de 100 usinas nucleares em todo o mundo, incluindo Angra I e II no Brasil, para piorar as coisas a própria Siemens informa que em uma década abandonará o negócio de usinas nucleares o que significa que o sistema SCADA será descontinuado e passará a receber suporte “alternativo”.

A própria NCSD – National Cyber Security Division do Departamento de Segurança Interna dos USA acaba de lançar um aplicativo de detecção desse tipo de ameaça, o CSET – Control Systems Security Program, como uma forma de deter a expansão dessa ameaça.

Mais vale um drone na mão do que dois voando…

Vazaram os primeiros detalhes de como o Drone de espionagem norte-americao modelo RQ-170 Sentinel sugestivamente apelidado de Beast of Kandahar foi parar em mãos iranianas,  inicialmente o episódio foi ironizado pelo governo norte-americano e parte da imprensa como uma farça iraniana montada à partir de uma maquete.

Segundo o general  da Guarda Islâmica Revolucionária do Irã Moharam Gholizadeh em entrevista a orgãos de imprensa  acidentais o sequestro do avançado drone norte-americano foi realizado em sucessivas etapas, a saber:

O primeiro movimento foi a identificar a aeronave robótica – do tipo stealth supostamente invisível – em seguida foi realizado um bombardeio por ondas de rádio frequência que interromperam a comunicação entre o RQ-170 e a base de controle em terra, aqui um detalhe foi crucial para o sucesso da operação, com a comunicação interrompida o comando do drone é assumido pelo piloto automático que deve retornar a aeronave em segurança orientando-se por um sistema de GPS.

Nesse ponto talvez a parte mais e engenhosa da ação de sequestrar o Drone ocidental, o GPS que comandava a aeronave foi hackeado com parâmetros falsos de localização fazendo com que o sistema da aeronave ao leva-la para casa na realidade estivesse fazendo-a pousar em solo iraniano.

O fim da história pode ser visto em uma das fotos da agência Reuters abaixo.